Obrigado por não fumar
Chega neste semestre ao mercado brasileiro o primeiro medicamento criado especificamente para quem deseja largar o cigarro. Além do aliado terapêutico, há um outro motivo para abdicar do vício: o mundo já não é um bom lugar para os fumantes Edma Cristina de Góis e Candice Alcântara Da equipe do Correio No livro As 101 pessoas mais influentes que nunca viveram, o caubói do Marlboro foi considerado o personagem mais influente na formação do comportamento da sociedade — para se ter uma idéia, foi mais lembrado do que Papai Noel. Se o título é digno de aplauso como jogada de marketing, vale lembrar que a imagem dele já não tem nada tem a ver com o charmoso domador de cavalos dos anos 50. Ele agora é vilão. No cinema ou na TV, hoje o fumo serve para compor personagens de caráter duvidoso ou malsucedidos financeiramente. Uma mudança que reflete a tendência de acabar com qualquer glamour que possa ter existido num maço de cigarros. Fumar está fora de moda. Esse é o primeiro fato. Existe uma cruzada antitabagista mundial, que alcançou até a França — um dos últimos países a restringir os lugares onde as tragadas são livres — e está transformando o planeta num habitat hostil para o fumante. Esse é o segundo fato. O terceiro e mais contundente fato: o vício em tabaco mata cerca de 5 milhões de pessoas no mundo por ano, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Ou seja, a opção para quem deseja viver mais e conviver melhor socialmente se restringe a parar ou parar. Mas como? A Revista do Correio ouviu especialistas sobre o assunto, que são categóricos: nenhum apoio terapêutico servirá como aliado se a pessoa não tiver tomado a decisão de largar o vício. Mas para quem chegou nesse estágio, há uma boa notícia. Até o fim do semestre, chega ao Brasil a primeira droga criada especialmente para combater o tabagismo: a vareniclina. O CERCO NO MUNDO 1 – FRANÇA 2 – BRASIL Em 2002, foram proibidos produção, importação, comercialização, propaganda e distribuição de alimentos na forma de cigarro, charuto, cigarrilha. Além disso, no Brasil não se vende cigarro para menores de 18 anos e a frase “Este produto contém mais de 4.700 substâncias tóxicas, e nicotina, que causa dependência física ou psíquica. Não existem níveis seguros para consumo destas substâncias” deve ser destacada nas embalagens de cigarro. 3 – INGLATERRA 4 – IRLANDA 5 – NORUEGA 6 – CHINA 7 – CUBA 8 – BUTÃO 9 – ITÁLIA 10 – ESPANHA Correio Brazilienze, em 04/03/07 |