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Cigarro na F-1 "Parabenizo a Folha por trazer à tona a mais recente manobra
da indústria do tabaco para conseguir o que seria (será?)
a terceira exceção consecutiva concedida para o patrocínio
de cigarros na F-1 ("Cigarro tenta brecha para correr no Brasil",
Esporte, 7/2). Espero que os setores do governo federal, estadual e
municipal que possam estar sofrendo essa pressão tenham a sabedoria
de não ceder a elas. Neste exato momento, uma delegação
de representantes do Brasil participa em Genebra da primeira COP (Conferência
das Partes) da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco,
ratificada pelo Brasil em novembro de 2005. É o primeiro tratado
internacional de saúde pública, e um de seus artigos proíbe
a publicidade, a promoção e o patrocínio de derivados
do tabaco. Em 2000, a lei proibindo o patrocínio foi aprovada
no Congresso -e foi dado um prazo de dois anos para que a F-1 se adaptasse
a ela. A proibição entrou em vigor em 2003, mas, alguns
meses depois, veio a MP liberando o patrocínio até 2005.
Em 2005, o calendário da F-1 foi modificado para que a corrida
no Brasil acontecesse antes do vencimento do prazo. Nas duas ocasiões,
a promessa foi de que seria a última vez. Até quando seremos
reféns das chantagens da indústria do fumo?" Fonte: Folha de São Paulo em 08-02-2006. |