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SECÇÃO: Sociedade


Dois meses após nova lei do tabaco

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Maioria dos restaurantes e cafés não têm queixas

Ao contrário do que se podia pensar, a maioria dos restaurantes e cafés de Setúbal, não se têm ressentido muito com a aplicação da nova lei do tabaco. Dois meses após a entrada em vigor, o balanço é equilibrado.

Vera Gomes

veracris@portugalmail.pt

Quando entrou em vigor a nova lei do tabaco, a 1 de Janeiro de 2008, houve muito receio por parte dos comerciantes de que este diploma viesse a afastar os clientes fumadores. No entanto, em Setúbal, o cenário é, por agora, estável.

Para Paulo Fajardo, do restaurante “O Bocas”, no bairro Santos Nicolau, a crise tem-se feito sentir “nos últimos dois meses não mais que nos últimos quatro anos”, ou seja, permanece igual. Neste restaurante, com cerca de duzentos metros quadrados de área, existe um local reservado aos fumadores, perto de um extractor de fumos, que já estava instalado antes da nova lei.

Já no restaurante “Bocage”, junto à câmara municipal, com uma área inferior a cem metros quadrados, o caso é mais preocupante. “Como a maioria da clientela era fumadora, a quebra ronda os cinquenta por cento”, confidencia Pedro António, um dos responsáveis pelo estabelecimento.

O facto dos fumadores se sentirem discriminados é, para o responsável, a razão principal pela qual deixaram de frequentar o local, que passou a ser para não fumadores. “Os fumadores preferem abdicar de uma boa refeição a deixar de fumar”, revela Pedro António que também se sente discriminado com a nova lei, porque “não pensaram nos restaurantes pequenos e puseram a carroça à frente dos bois”, diz, desiludido. Isto porque considera a hipótese de instalar um equipamento de extracção de fumos, mas ainda aguarda resposta da ARESP – Associação de Restaurantes e Similares de Portugal, no que diz respeito aos aparelhos certificados para esse efeito, algo que já devia estar esclarecido antes da aplicação prática da lei.

No restaurante “Antóniu’s”, perto do largo José Afonso, também parece não haver prejuízos a registar por causa desta proibição. Assumindo o seu restaurante como para não fumadores, António Malveiro argumenta que esta é uma “fase de pré-eliminação total do fumo em locais públicos”.

Para este comerciante não vale a pena investir em equipamentos ou fazer remodelações no espaço porque, em 2009, com a aprovação da lei sobre a qualidade do ar interior, “não haverá escapatória possível”. Informado sobre estas matérias, António Malveiro explicou que a extracção de fumos teria que ser tão forte e expulsar o fumo com tanta rapidez que se tornaria incómodo para os clientes, tanto pela “ventania”, como pelo ruído do aparelho.

Aberto desde Maio do ano passado, o “O Cupido”, restaurante sito na rua Hermínia Silva, também se assume como espaço sem fumos devido à área de apenas 85 metros quadrados reservados ao público. O responsável pelo restaurante, José Ramos, referiu que, se torna difícil saber se a quebra sentida durante Janeiro e Fevereiro se deveu à aplicação da nova lei do tabaco ou se teve que ver com as obras na estrada, frente ao restaurante, que duraram dois meses. Apesar deste cenário, o responsável não é alarmista, referindo que, “estes são sempre meses mais fracos”.

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