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Cessação Tabágica: Retorno dos programas nas empresas supera custo associado

Isabel Carriço
Data: 2008-01-21


Um estudo publicado no Journal of Occupational and Environmental Medicine (JOEM), do Colégio Norte-Americano de Medicina Ocupacional e Ambiental, concluiu que cada empresa pode poupar até 540,60 dólares anuais por cada trabalhador que deixa de fumar.


Esta investigação aponta os benefícios de realizar programas de cessação tabágica no local de trabalho, sublinhando as vantagens do tratamento feito com vareniclina que, apesar do custo inicial mais elevado (268,80 dólares), gerou um benefício económico maior do que outras soluções terapêuticas.

Quando são considerados critérios mais abrangentes tais como absentismo, cuidados médicos, seguros, e tempo perdido com as pausas para fumar, a poupança por cada trabalhador não fumador, ao fim de 12 meses, é de 5.390 dólares.

A análise, realizada por investigadores das áreas médica e farmacológica, comprova o custo-benefício dos programas de cessação tabágica nas empresas, na redução do “fardo” que representam as doenças relacionadas com o consumo de tabaco, não só em termos económicos mas também para a saúde de cada trabalhador.

Nesta pesquisa ficou também demonstrado que poucos tratamentos médicos geram um retorno tão elevado por cada dólar investido como os programas de cessação tabágica. Os dados obtidos indicam que estas iniciativas são mais eficazes em termos de anos de vida recuperados do que quaisquer outros controlos de rotina, tais como o controlo da pressão arterial ou a realização de mamografias. Os principais factores apontados para o sucesso dos programas de desabituação tabágica são o “aconselhamento médico e a terapêutica farmacológica”.

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam para a existência de mil milhões de fumadores em todo o mundo. A OMS estima que, em países com PIB per capita elevado, o valor dos gastos com a saúde, associados ao tabagismo, se situe entre os 6 e os 15 por cento do total.

Os custos médicos directos globais, associados ao consumo de tabaco, rondavam os 75 mil milhões de dólares, em 1998, ao passo que os custos indirectos, relacionados com a perda ou redução de produtividade, se situavam nos 80 mil milhões de dólares anuais.

A taxa de absentismo entre os trabalhadores que fumavam, de acordo com dados de 1981, era 50 por cento mais alta do que entre os não fumadores. As mesmas estatísticas indicavam que os trabalhadores fumadores passavam 18 dias por ano a fumar, se fossem somados os tempos totais das pausas usadas para esse efeito.

Um estudo mais recente, publicado no British Medical Journal, em 2001, conclui que a produtividade no local de trabalho sobe e o absentismo diminui de forma progressiva entre os ex-fumadores até chegar aos mesmos níveis dos trabalhadores que nunca fumaram.



Nova lei pode ser uma oportunidade

Uma pesquisa encomendada nos anos 80 e 90, pela multinacional tabaqueira Philip Morris concluía que os trabalhadores cujas empresas tivessem determinado a proibição total de fumar, apresentavam uma taxa de abandono do tabagismo 84 por cento superior à dos fumadores que trabalhavam em ambientes onde o fumo era tolerado.

Uma outra pesquisa, realizada no Reino Unido, e citada pela Revista Espanhola de Saúde Pública, concluiu que a média de consumo de cigarros por dia de trabalho era significativamente inferior nos fumadores que trabalhavam em locais com proibição total de fumar.

Quanto às perdas de produtividade associadas ao tabagismo, a mesma publicação concluía que bastava um consumo de cinco cigarros diários, com uma média de seis minutos por pausa, para representar uma perda de 30 minutos por trabalhador.



Fonte: LPMcom



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