DIA INTERNACIONAL DA LUTA CONTRA O CÃNCER

27 DE NOVEMBRO
DIA INTERNACIONAL DA LUTA CONTRA O CÃNCER

Mário Albanese

O câncer é uma neoplasia, ou seja, um tumor que se forma em razão de determinadas circunstâncias. É, na verdade, um conjunto de mais de cem patologias que, em comum, têm uma célula maligna. Considerando-se os milhares de tóxicos presentes no tabaco, sua interligação com o câncer é previsível. De fato, no pulmão, traquéia e brônquios o tabagismo responde por 90% dos casos. Na laringe 80%. Nos lábios, boca, faringe, esôfago, pâncreas, bexiga, rim e outras neoplasias do trato urinário 30%. No colo do útero e mama, 20%.

Trechos da entrevista de Mário Albanese com Drauzio Varella:

"Parei de fumar há 26 anos e foi a melhor coisa que fiz. Antes não corria nem dois (2) quilômetros e agora corro uma maratona por semana. Parei de fumar repentinamente por que tive medo de morrer de câncer ou infarto. Na minha experiência clínica a nicotina é a droga que mais gera dependência e os estudos sobre os malefícios do cigarro ainda são invariavelmente contestados e desmoralizados por cientistas de aluguel, contratados pela indústria tabaqueira. Nos anos 70, a literatura científica, comprovou a relação entre o fumo e diversos tipos de câncer como de pulmão, esôfago, estômago, rim, bexiga e os tumores de cabeça e pescoço. No Hospital do Câncer de São Paulo, já se sabia que, de três casos de câncer, pelo menos um era provocado pelo cigarro. Apesar conhecimento teórico e da convivência diária com os doentes, continuei fumando! De fato, na irresponsabilidade que a dependência química traz, fumei na frente de doentes a quem recomendava abandonar o cigarro, fumei em ambiente fechados diante de pessoas de idade, mulheres grávidas e até crianças pequenas. Durante quase 20 anos como professor de cursinho, fumei nas salas de aula, induzindo muitos jovens a adquirir o vício. Não há dúvida, a droga quebra o caráter do dependente".

27.11.06 - Dia do Engenheiro de Segurança e do Técnico de Segurança
O fumo em ambientes fechados de qualquer natureza é, de acordo com a lei, um risco ocupacional. Estudos revelam que o câncer é potencializado pelo tabagismo e representa 25% do total de mortalidade em determinados tipos de ocupação. Assim, os profissionais fumantes que lidam com asbesto, amianto, benzeno, sílica, chumbo, formaldeído, acroleína, têm riscos à saúde agravados em razão da natureza, concentração, intensidade e tempo de exposição. Note-se que o cigarro é uma "mistura fina" de 6.700 tóxicos. A prevenção do câncer ocupacional exige ações interdisciplinares, feitas em conjunto pelo médico do trabalho, engenheiro de segurança, técnico de segurança e a CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, para efetivar e implementar o PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional e o PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais.

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Fonte: ADESF / AMATA, em 27/11/06