(7/2/2006) - Tabaco A guerra contra os gigantes
Por André Siqueira
A guerra do tabaco promete mais trocas de
baforadas no início de março, quando o Sindicato da Indústria
do Fumo do Estado de São Paulo (Sindifumo) vai divulgar um
estudo encomendado ao instituto de pesquisa Fipecafi sobre o
setor. Segundo a entidade, o trabalho vai mostrar como as
atuais regras do setor favorecem um suposto duopólio
encabeçado por Souza Cruz e Philip Morris, donas de mais de
80% do mercado. A começar pelo sistema tributário, que prevê
um valor fixo para o cálculo do IPI, favorecendo quem pode
cobrar mais caro pelo produto. “As pequenas empresas não são
sonegadoras, só querem um ambiente competitivo mais justo”,
diz José Henrique Nunes Barreto, presidente do Sindifumo-SP.
Não é o que indicam as recentes ações da Receita
Federal contra empresas do ramo. Em 26 de janeiro, a Itaba, de
Jandira (SP), quarta maior fabricante de cigarros do País,
teve a licença de operação cancelada por não pagar os
impostos. A empresa retomou as operações no dia seguinte, por
força de liminar. O Sindifumo-SP ressalva que a empresa não é
associada à entidade, mas admite que a maioria das empresas
discute na Justiça sua situação com o
Fisco. |