Estadao.com.br Jornal da Tarde Agência Estado Radio Eldorado AM Radio Eldorado FM Listao.com.br
   
  Busca local    Listão.com.br

Classificados
AutosOportunidades
ImóveisEmpregos

 
12 de maio de 2006 - 11:57

Cancerígeno do tabaco dos pais aparece na urina de bebês


Foi detectado NNAL, um produto químico cancerígeno gerado quando o corpo humano processa o NNK, uma substância específica do tabaco

WASHINGTON - Quando mamãe ou papai fumam um cigarro, os filhos correm o risco de inalar a fumaça. Cientistas detectaram produtos químicos cancerígenos, associados à fumaça do tabaco, na urina de praticamente metade dos bebês filhos de pais fumantes. "A mensagem é: não fume com as crianças por perto", disse o médico Stephen S. Hecht, professor do Centro de Câncer da Universidade de Minnesota.

De acordo com um estudo de 144 crianças, publicado na edição de maio do periódico Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention, Hecht ´seus colegas encontraram níveis detectáveis de NNAL na urina de 47% dos bebês expostos a cancerígenos do tabaco, presentes na fumaça dos cigarros de parentes fumante. O NNAL é um produto químico cancerígeno gerado quando o corpo humano processa o NNK, uma substância específica do tabaco.

"O nível de NNAL detectado na urina dessas crianças era mais alto que o visto na maioria dos demais estudos de campo de fumo passivo em crianças e adultos", disse Hecht. "NNAL é um biomarcador reconhecido para a absorção do cancerígeno NNK, específico do tabaco. Não se encontra NNAL na urina, a menos no caso de pessoas expostas à fumaça do tabaco".

Um estudo anterior de Hecht e colegas indicava que a primeira urina de recém-nascidos, cujas mães fumaram durante a gravidez, continha até 30% mais NNAL do que a dos bebês do estudo mais recente. Os recém-nascidos, porém, receberam o cancerígeno diretamente pela placenta, em vez apenas respirá-lo.

No estudo atual, os bebês com níveis detectáveis de NNAL eram de famílias onde se fumava, em média, 76 cigarros por semana, em casa ou no carro, na presença das crianças. Nas famílias onde os níveis de cancerígeno não foram detectados, o número médio de cigarros por semana foi de 27.

Nenhum dos estudos determinou qual o risco de câncer produzido pela exposição, nem os efeitos do cancerígeno na genética ou no desenvolvimento dos bebês.


 

  Copyright © 2006 Grupo Estado. Todos os direitos reservados. » fale conosco    » anuncie aqui