Atenção! O tabaco pode
prejudicar gravemente o seu filme. A mensagem não passa em nenhum
ecrã, nem está grafada em qualquer maço de qualquer marca de
cigarros, mas o fumo passará a constar das informações que ajudam a
classificar uma obra junto dos espectadores.
"Fumar
converteu-se num comportamento cada vez mais inaceitável na nossa
sociedade." A declaração é de Dan Glickman, presidente da Motion
Picture Association of America (MPAA), e vem a propósito da nova
directiva cinematográfica que regula a classificação dos filmes.
É Hollywood a entrar na luta contra o tabaco. A partir de
agora, três questões passarão a pesar na hora de classificar uma
película onde apareça tabaco. A saber: fuma-se de um modo que encha
o ecrã? O acto de fumar apresenta-se como algo associado ao
glamour? Existe ou não um contexto histórico ou outro factor
que ajude a mitigar o acto de fumar? É depois de avaliar pormenores
como estes que a MPAA classificará os filmes como mais ou menos
perigosos para as crianças.
É, ainda, uma reacção à
preocupação apresentada por várias associações que temem o efeito
nocivo nas crianças do acto de fumar nos filmes. O sindicato que
representa os realizadores de cinema já concordou com a decisão, por
achar justo o equilíbrio entre a saúde e a arte.
Assim,
dentro de pouco tempo, e segundo os padrões de Hollywood, menores de
idade só poderão assistir a filmes que contenham cenas com consumo
de tabaco quando acompanhados por adultos.|