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Internacional |
| 17/05/2007 - 20h31 Bloomberg volta a atacar a indústria do tabaco
Por Marlowe Hood PARIS, 17 mai (AFP) -
A redução do número de fumantes em um quinto antes de 2020 poderia salvar
100 milhões de vidas, afirma o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg,
em um estudo publicado na edição desta sexta-feira da revista médica
britânica The Lancet, e que faz duras críticas à indústria do tabaco. "Se
o mundo reduzir a prevalência absoluta de adultos fumantes em 5% até 2020,
no mínimo 100 milhões a menos mortes prematuras vinculadas ao tabagismo
ocorreriam entre as pessoas vivas hoje", escreveram Bloomberg e o
comissário de Saúde de Nova York, Thomas Frieden, no
estudo.
Alcançar esta meta - com a adoção de algumas medidas, como
proibição da propaganda de cigarro, a expansão das áreas de não-fumantes,
o aumento de impostos e a assistência para que as pessoas abandonem o
vício - também poderia salvar outros 50 milhões de pessoas nascidas nos
próximos vinte anos, ressaltaram.
Bloomberg, um ex-fumante que em
agosto passado lançou mão de 125 milhões de dólares de recursos próprios
para lançar a campanha Worldwide Stop Smoking Initiative, citou estudos
segundo os quais um bilhão de pessoas morrerão prematuramente por causa do
cigarro antes do fim do século.
"Pela primeira vez na história, o
principal agente de mortalidade do mundo é uma substância fabricada pelo
homem: o tabaco", afirmou.
Como prefeito de Nova York, o bilionário
homem de negócios que entrou na vida política iniciou uma guerra sem
precedentes contra o tabaco, elevando os impostos e proibindo o fumo em
áreas públicas, inclusive em bares e restaurantes. Um maço de cigarros em
Nova York custa agora mais de sete dólares.
O estudo cita o exemplo
de vários países que foram bem sucedidos na redução do percentual de
adultos fumantes em até 20%, prova, segundo Bloomberg, de que isto pode
ser feito.
Estima-se que aproximadamente 25% dos adultos do mundo -
um bilhão de pessoas - sejam fumantes.
O estudo criticou
especialmente a indústria do tabaco por gastar centenas de bilhões de
dólares para comercializar um produto mortal.
Segundo a Federal
Trade Comission, órgão que defende os interesses dos consumidores
americanos, as empresas do setor gastam, ao ano, 50 dólares por pessoa em
publicidade e marketing só nos Estados Unidos.
Bloomberg também
disse que esforços especiais precisam ser feitos para educar os fumantes e
os futuros fumantes nos países em desenvolvimento, pois dois terços dos
adultos tabagistas do planeta vivem em 15 nações de rendas média e baixa,
quase a metade em apenas cinco países: China, Índia, Rússia, Indonésia e
Bangladesh.
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