O
auditório do Centro Hospitalar de Coimbra (CHC)
acolhe hoje, durante todo o dia, o 1.º Colóquio
sobre Tabagismo da Região Centro.
A
iniciativa decorre no dia dedicado à prevenção
do tabagismo e à promoção da saúde. Das várias
intervenções previstas, procurar-se-á abordar
essencialmente a vertente preventiva, procurando
debater as formas e exemplos de actividades
realizadas para incentivar as populações, e
designadamente as de idades mais jovens, a não
se iniciarem nesse hábito, que tão gravosas
consequências tem, tanto para os próprios
fumadores como para os circundantes e
co-habitantes. Por outro lado, a organização,
que cabe à Administração Regional de Saúde do
Centro (ARSCentro), tem como objectivo geral
motivar os profissionais de saúde para a
intervenção na prevenção do tabagismo. A nível
mais específico, pretende-se com este colóquio
sensibilizar os profissionais de saúde para o
binómio tabaco/relações humanas, divulgar
experiências de intervenção comunitária,
adquirir conhecimentos sobre a neurobiologia da
nicotina e fomentar a aderência à Rede dos
Serviços de Saúde Sem Tabaco. Depois da
intervenção inicial de José Tereso, cabe a Luís
Cardoso Oliveira, responsável nacional da Rede
Europeia dos Serviços de Saúde sem Tabaco, falar
sobre “A Rede Europeia dos Serviços de Saúde sem
Tabaco”. “Tabaco e Saúde Pública” é o tema que
encerra a manhã do colóquio, onde estão
previstas as intervenções do psicólogo Manuel
Rosas, do epidemiologista Carlos Matias Dias, do
enfermeiro José Coimbra e da médica Maria
Manuela Açafrão. No período da tarde, vai-se
falar de “Promoção da Saúde e Prevenção do
Tabagismo”. Marília Pereira (Lousã), Clarisse
Bento (Leiria), Joaquim Barbosa (Espinho), José
Bonifácio (Aveiro), João Pedroso Lima e Ana
Martins (Coimbra) vão apresentar os projectos de
promoção e prevenção em curso nos centros de
saúde e hospitais da região.
A
importância dos serviços Os serviços de
saúde têm uma grande responsabilidade na luta
contra o tabagismo, quer na prevenção quer no
apoio aos fumadores para a cessação tabágica.
Por outro lado, os profissionais de saúde têm
igualmente uma grande responsabilidade nessa
mesma luta e para mais uma responsabilidade
directa, porque as populações tema convicção que
os profissionais fazem os alertas adequados face
aos riscos mais graves e imediatos, como a
necessidade de se vacinarem ou de evitarem os
excessos de açúcar ou sal, reduzirem o peso
corporal se excessivo, etc . Além disso, os
profissionais de saúde são, para muitos dos
utentes, modelos de comportamento, tanto como
modelo positivo como negativo. O grupo
específico de profissionais de Saúde é,
portanto, um alvo primordial, pelas razões acima
resumidas. O enfoque neste grupo profissional
veio conjugar-se com a intenção de dar pública
visibilidade à prioridade que os serviços de
saúde, dos cuidados primários e hospitalares,
querem manifestar, sobre este problema, para
claramente marcar posição e dar exemplo às
populações.
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