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Sábado, 24 de maio de 2003

Câmara analisa 3.ª feira veto a cerveja na TV
MP bane comerciais das 6 às 22 h; relator rejeita veto a venda de cigarro em mercados e padarias
LÍGIA FORMENTI

BRASÍLIA - O substitutivo do deputado Miguel de Souza (PL-RO) à Medida Provisória 117, que restringe a propaganda de cigarros e bebidas alcoólicas no rádio e na televisão, deverá ser submetido ao plenário da Câmara dos Deputados na terça-feira. Sugerida em uma emenda do deputado Valdemar Costa Neto (PL-SP) e reforçada pelo ministro da Saúde, Humberto Costa, a proibição da publicidade de cerveja e coolers entre 6 e 22 horas foi considerada precipitada pelo governo. Nesta semana, o ministro da Casa Civil, José Dirceu, almoçou com o deputado para tentar convencê-lo de que a proposta deveria ser submetida a um amplo debate antes de ser regulamentada.

"Há no Congresso 126 projetos para regulamentar o assunto. O número, por si só, já reflete o desejo de que alguma medida para reduzir o consumo de álcool no País deva ser tomada", afirmou Souza. Ele argumentou que a restrição da propaganda de bebidas com graduação alcoólica superior a 1 grau para o período da noite tem como objetivo preservar crianças e adolescentes.

"Hoje muitos comerciais são montados para cativar a simpatia do público mais jovem."

O substitutivo traz também algumas alterações quanto à propaganda e venda do cigarro. O deputado não acatou a sugestão do ministro de restringir o comércio do produto em rodoviárias, aeroportos, supermercados e padarias.

Pelo texto de Souza, a venda não poderá ser feita em estabelecimentos de ensino e saúde. "A redução drástica dos postos de venda acabaria incentivando a venda em camelôs", justificou. "Se isso acontecesse haveria uma dificuldade de controle da qualidade do cigarro. O contrabando seria beneficiado." A proposta impede a venda de cigarros a menores de 18 anos. Argumentos - Souza informou ter recebido esta semana representantes de vários setores, tanto das indústrias de tabaco e álcool quanto associações de combate ao fumo. Entre os argumentos ouvidos por ele esteve o de que a restrição da propaganda acarretaria uma diminuição de impostos e provocaria desemprego. "Temos de ver também os gastos no sistema de saúde provocados pelo atendimento de pacientes com doenças provocadas pelo fumo", disse.





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