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25/05/2007
- 19h27 Instituto de Medicina americano lança ofensiva
contra tabagismo
WASHINGTON, 25 mai (AFP) - O Instituto
de Medicina americano (IOM), integrado por especialistas independentes,
lançou nesta semana uma nova ofensiva contra o tabagismo, que mata meio
milhão de pessoas nos Estados Unidos, pedindo ao Congresso americano que
regule a comercialização do tabaco.
"Propomos estas medidas para
reduzir o tabagismo até que deixe de ser um problema sério de saúde
pública", disse Richard Bonnie, diretor do Instituto de Psiquiatria da
Universidade da Virgínia (sudeste), que preside a comissão sobre tabaco do
IOM.
"Este informe propõe um plano de ação para colocar o país no
rumo para alcançar este objetivo nos próximos 20 anos",
acrescentou.
Em um relatório enviado ao Congresso, o IOM defendeu,
fundamentalmente, que os parlamentares confiram à autoridade federal de
regulamentação de alimentos e medicamentos (FDA) o poder de controlar
estreitamente a distribuição e composição dos produtos derivados do
tabaco.
Um projeto de lei neste sentido já foi apresentado no
Senado.
A FDA deverá ser capaz de impor a redução dos níveis de
nicotina, controlar os rótulos e a distribuição dos produtos derivados do
tabaco, assim como restringir a propaganda do setor, avaliou o
IOM.
Entre as medidas propostas pelo instituto está um imposto que
poderá chegar a dois dólares por maço, que hoje custa em torno dos cinco
dólares nos Estados Unidos.
O IOM defende, ainda, um sistema de
licença de comercialização para os distribuidores e pede para generalizar
a restrição a fumantes em todos os edifícios não-residenciais, hotéis,
shopping centers, bares e restaurantes.
Também propõe que os
seguros médicos sejam obrigados a reembolsar os custos dos programas para
fumantes que queiram deixar o vício.
O instituto insiste,
particularmente, na necessidade de educar e limitar o uso do tabaco em
jovens, devido à quantidade elevada de adolescentes que começam a
fumar.
Segundo o informe, a maioria dos fumantes experimentou o
cigarro antes dos 18 anos e, há 20 anos, a proporção de estudantes do
ensino médio que fumam todos os dias se mantém em 20%.
De acordo
com o Centro de Controle de Doenças americano, o número de fumantes caiu
em mais de 50% desde 1964 nos Estados Unidos, mas 21% da população adulta
(44,5 milhões de pessoas) do país ainda fuma.
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