‘Oficina de Ambientes Livres de Tabaco’ de Nova Odessa
apresenta
relatório
28/06/2007
A comissão
encarregada de avaliar e redigir o Relatório Final da 1ª Oficina de
Ambientes Livres de Tabaco, realizada esta semana em Nova Odessa,
apresentou nesta quinta-feira, 28 de junho, o resultado de seu
trabalho.
A comissão contou com a participação do Comitê
Regional da RMPS (Rede de Municípios Potencialmente Saudáveis), OMS
(Organização Mundial de Saúde), OPAS (Organização Pan-Americana de
Saúde), INCA (Instituto Nacional do Câncer), ANVISA (Agencia
Nacional de Vigilância Sanitária) e vários organismos não
governamentais, além de pessoal técnico da Prefeitura de Nova
Odessa, entre outros.
Segundo a médica sanitarista Nair
Guimarães, assessora técnica da Coordenadoria Municipal de Saúde, o
relatório traz tanto recomendações gerais para a luta contra o uso
do tabaco e em prol de ambientes públicos livres do cigarro quando
recomendações específicas de políticas a serem adotadas nas áreas de
Educação, Saúde e Trabalho.
“Há recomendações gerais, porque
o tema envolve diversas áreas específicas, mas também a sociedade
como um todo. Todas as ações devem ter caráter intersetorial e não
devem ser focadas apenas no doente, no fumante, pois ai estaríamos
mais preocupados com medicação, tratamento”, explicou a
médica.
Segundo ela, o documento final prevê a organização da
sociedade para o estabelecimento dos ambientes livres de tabaco,
claramente relacionados à qualidade de vida e aos direitos do
cidadão. “Além disso, dentre as recomendações mais específicas nas
áreas de Educação, Saúde e Trabalho, ficou claro que a grande
preocupação, de todas as equipes, é com a sensibilização, a
motivação e a conscientização dos fumantes e dos não fumantes para o
problema, pois em torno de 2030 o tabaco será maior causa de óbitos
no mundo”, ressaltou Nair.
>> Informação e
legislação
Segundo ela, foi detectado, nas discussões, a
falta de informações técnicas e legais sobre o tabaco, e a falta de
práticas de organização das pessoas interessadas na defesa do
bem-estar coletivo – ou seja, cobrar que o ambiente esteja livre do
tabaco sem discriminar o fumante. “Nosso foco é o fumo, não o
fumante. A sociedade tem que acolher o fumante que queira largar o
tabaco, mas também cobrar a obediência à legislação que estabelece a
proibição do cigarro em ambientes públicos coletivos”,
justificou.
>> Participação
Outro destaque da
comissão organizadora durante o evento, realizado na última
terça-feira no Instituto de Zootecnia, foi a grande representação da
comunidade, através dos vários movimentos, ONGs e organismos
presentes. “Isso também vem de encontro às recomendações da OPAS,
que foca a organização dos indivíduos em todos os locais de
trabalho, ensino e atendimento”, disse.
Outra coisa que
chamou a atenção de Nair foi a presença de crianças e adolescentes,
de 5 escolas da cidade. “Muitas ficaram até o fim, de forma
ordenada, e também apresentaram propostas, para que esse tipo de
exposição seja organizada dentro das escolas, pelos próprios alunos,
devidamente capacitados para repetir esta oficina”, finalizou a
médica. Quase 300 pessoas, entre especialistas em Saúde Pública,
autoridades de diversas cidades brasileiras e alunos de escolas
públicas estaduais, participaram da Oficina.