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O tabagismo é
considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a
principal causa de morte evitável em todo o mundo. A OMS
estima que um terço da população mundial adulta, isto é,
1 bilhão e 200 milhões de pessoas (entre as quais 200
milhões de mulheres), sejam fumantes. No Brasil, onde
estima-se um número aproximado de 30 milhões de
fumantes, um terço das grávidas fumam, apesar de
todas as campanhas de conscientização sobre os danos
causados pelo cigarro.
Até algumas décadas atrás,
acreditava-se que os efeitos da dependência do tabaco
eram mais fortes nos homens, mas com as novas gerações
de fumantes verificou-se que as mulheres são igualmente
ou mais suscetíveis aos seus malefícios. Além de ampliar
a ocorrência de doenças como o câncer, problemas
pulmonares e cardíacos, a mulher fumante corre maior
risco de infertilidade, câncer de colo de útero,
menopausa precoce (em média 2 anos antes) e sangramento
irregular.
“Cada tragada pode afetar seriamente
a capacidade de ter filhos”, afirma Dr. Roger
Abdelmassih. Pesquisadores da Espanha e de Portugal
analisaram os índices de gravidez em mulheres que
fizeram tratamento para engravidar usando óvulos doados.
Eles descobriram que 52,2% das mulheres que fumavam
pouco ficaram grávidas na primeira tentativa, comparado
com 34,1% das mulheres que fumavam muito.
Outro
estudo, no Reino Unido, revelou que até 13% da
infertilidade feminina é causada pelo tabagismo.
Pesquisas mostram que fumar é prejudicial para os
ovários da mulher, para o transporte dos embriões e para
a implantação do embrião no útero, o grau de dano
depende da quantidade de cigarros e do tempo do vício. A
nicotina e outros elementos químicos do cigarro
interferem na capacidade do corpo de produzir estrógeno,
um hormônio que regula a ovulação, e pode fazer com que
os óvulos da mulher estejam mais sujeitos às
anormalidades genéticas.
“Estudos recentes
mostram que uma mulher fumante responde à estimulação da
ovulação como uma mulher dez anos mais velha. Além
disso, o número médio de tentativas de tratamento para
se obter a gravidez é duas vezes maior no grupo de
fumantes”, completa Dr. Roger.
Nos homens, a
nicotina também atinge as células que produzem os
espermatozóides nos testículos. Estudos demonstram que o
fumo pode provocar lesões cromossômicas detectadas
através do teste de Fragmentação do DNA espermático, sem
falar nos danos causados ao desempenho
sexual.
Números alarmantes do tabagismo
O
Tabagismo é a intoxicação provocada por abuso do tabaco
(Nicotina tabacum, planta da família das Solanáceas),
pelo hábito de fumar e da conseqüente dependência da
droga nicotina. O fumante inala 4.720 substâncias
tóxicas numa só tragada e dessas, 80 são cancerígenas. O
vício mata 3,5 milhões de pessoas por ano no
mundo.
Só no Brasil o cigarro faz anualmente 200
mil vítimas. O custo social do tabagismo é imenso. De
acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o fumo
é causador de 50 doenças diferentes, destacando-se as
cardiovasculares, o câncer e as doenças respiratórias
obstrutivas crônicas. As estatísticas demonstram ainda
que 45% das mortes por doença coronariana (infarto do
miocárdio), 85% das mortes por doença pulmonar
obstrutiva crônica (enfisema), 25% das mortes por doença
cérebro-vascular (derrames) e 30% das mortes por câncer
podem ser atribuídas ao cigarro. Outro dado alarmante:
90% dos casos de câncer do pulmão têm correlação com o
tabagismo.
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