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Tamanho da fonte 30/06/2007

Fumo perde 10% da área na próxima safra

Rodrigo Medeiros / A Tribuna Fumo perde 10% da área na próxima safra

Francis Leny|de Araranguá

Os fumicultores do Sul do Estado planejam reduzir em pelo menos 10% a área cultivada na próxima safra, que já está sendo plantada em toda a região. A queda é conseqüência da queda nos preços do fumo que, aliada a problemas climáticos na safra passada, fez cair a rentabilidade das lavouras.

Na safra 2006/2007, foram cultivados 20 mil hectares de fumo na região compreendida entre Passo de Torres e Içara. Agora a mesma região não deve plantar mais que 18 mil hectares, diz Guido Ripplinger, coordenador técnico da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), regional de Araranguá.

Mais de 5 mil famílias sobrevivem da fumicultura na região. Uma pequena parcela dos produtores já começou a plantar as lavouras em maio. A tentativa é de conseguir uma cotação melhor pelo produto. A saca, por quilo, que antes era vendida numa média de R$ 5 baixou para R$ 4,30 na safra 2006/2007. Uma queda de 15%. "A safra anterior frustou os fumicultores. Cresceu o rigor na classificação e a queda nos preços desanimou os produtores. O custo da produção está elevado e preço para venda está lá embaixo", diz Ripplinger. Dados da Afubra de Araranguá destacam que no ano passado houve grande produção, mas baixa qualidade. Ripplinger explica que os períodos alternados de chuva e seca contribuíram para reduzir a qualidade das folhas.

Estados do Sul

somam 96% da produção

De acordo com a Afubra, a produção de todos os tipos de folhas foi de aproximadamente 804 mil toneladas na safra 2005/06. A maior parte concentra-se nos três estados do Sul do Brasil, que representa 96% da produção nacional. No dia 30 de maio, a Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados adiou a votação do Projeto de Lei n° 3.854 em mais três semanas. O projeto trata, entre outros assuntos, da participação do produtor como vendedor no processo de classificação e recebimento do fumo de estufa e de galpão. Com a classificação, os produtores terão maiores condições de negociação junto às empresa fumageiras. O produtor deverá obedecer às especificações estabelecidas pelo Ministério da Agricultura. Caso haja divergências entre produtores e empresários em relação a classificação, a decisão será tomada por uma comissão formada por produtores, empresários, e fiscais de órgãos públicos municipais, estaduais e federais.

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