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31/05/2007 - 12h38
Cigarro se une ao sexo e à violência no banco dos réus de Hollywood
Por Tangi Quemener
LOS ANGELES, 31 mai (AFP) - O filme "Boa Noite e Boa Sorte" de George Cloney recebeu seis indicações ao Oscar de 2006, mas segundo as novas regras adotadas em Hollywood, poderia não ser exibido livremente.

Nesta quinta-feira se comemora o Dia Mundial sem Tabaco e a poderosa Motion Picture Association of America (MPAA), organização que reúne e defende os principais estúdios de Hollywood, anunciou recentemente que cogita levar em consideração a presença de fumantes em cena no momento em que ela determina a que público as obras se dirigem.

"Boa Noite e Boa Sorte" descreve a resistência do jornalista de televisão Ed Murrow contra a "caça às bruxas" dos anos 50. As cenas estão permanentemente envoltas a uma nuvem de fumaça, uma imagem fiel à verdade histórica: o fumante Murrow morreu de câncer aos 57 anos.

A MPAA, genuíno soldado de Hollywood, até agora só examina a presença de cenas de violência, sexo, ou a utilização de linguagem inadequada nos filmes, a fim de ajudar os pais a escolher os filmes que seus filhos vão ver.

Segundo seus critérios, a qualificação pode ser G (livre), PG (crianças acompanhadas pelo responsável), P-13 (menores de 13 anos acompanhados), R (menores de 17 anos acompanhados) ou NC-17 (apenas para maiores de 17 anos).

O presidente da MPAA, Dan Glickman, garantiu que a presença de fumantes não significaria a classificação automática na categoria R, uma medida extrema exigida por grupos antitabagistas.

Um deles, a American Lung Association (LungUSA), já considerou insuficiente a decisão da MPAA.

"O cigarro nos filmes é um problema importante que deve ser resolvido. O uso do tabaco deveria ser eliminado das novas produções, particularmente as que são destinadas às crianças, adolescentes ou a um grande público", afirmou o presidente de LungUSA, John Kirkwood.

"É óbvio: fumar se torna cada vez mais inaceitável em nossa sociedade", reconheceu Glickman, ao lembrar que sua organização considerava a presença na tela de menores fumando como um fator para classificar os filmes.

"Três questões pesarão quando nosso comitê de classificação se reunir: o cigarro é onipresente? O longa-metragem apresenta como favorável o hábito de fumar? Existem circustâncias históricas atenuantes?", destacou Glickman.

A MPAA se baseia nas recomendações da Faculdade de Medicina da prestigiosa Universidade de Harvard. Jay Winsten, membro do centro de estudos, afirmou em uma conferência em fevereiro que, no período 2004-2005, "66% dos 50 filmes mais assistidos mostravam pessoas fumando".

"Em média, os filmes PG-13 mostram 14,2 cenas por hora em que aparece o cigarro. Imaginemos, então, uma criança de 13 anos que assiste a um filme de classificação P-13, bombardeado 14 vezes por hora com imagens poderosamente atrativas de seus ídolos favoritos fumando", sugeriu.

Para Winsten, "é impossível que uma campanha de saúde pública possa competir com a imagem de Leonardo Di Caprio fumando em 'Titanic', um filme de classificação PG-13".
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