09/06/2014 -
Revista Galileu - Os malefícios do fumo passivo 'não estão comprovados' pela ciência? Só para deixar claro: estão, sim. Em 1992, um levantamento de nove estudos sobre o assunto já concluía que a fumaça de tabaco, deixada no ambiente por um fumante, traz danos mensuráveis à saúde de quem mora com ele. Em 1998, análise estatística de 106 trabalhos a respeito do assunto, publicada no Journal of the American Medical Association, revelou que apenas 37% dos estudos diziam que o fumo de segunda mão era inofensivo, e que "o único fator associado à conclusão de que o fumo passivo não é prejudicial à saúde é o autor ser afiliado à indústria do tabaco. Por fim, em 2004 a Agência Internacional de Pesquisa do Câncer (IARC, órgão ligado à Organização Mundial da Saúde) publicou um guia sobre o tema, onde afirma que o conjunto das pesquisas científicas disponíveis já permitia afirmar que a exposição passiva à fumaça de tabaco aumenta o risco de câncer de pulmão, numa elevação que vai de 12% (exposição no local de trabalho) a 30% (na convivência com um cônjuge fumante). Já o risco de problemas cardíacos aumenta de 25% a 35%"