19/06/2015 -
Portugal Digital - Estudo inédito feito em parceria pelo Departamento de Química do Centro Técnico Científico da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e o Laboratório de Toxicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Latox-UFRGS), mostra alterações imunológicas em trabalhadores causadas por benzeno, classificado como cancerígeno do Grupo 1 - nível mais alto - pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC, do nome em inglês) presente na gasolina e no cigarro. A coleta de amostras biológicas dos frentistas e de amostras do ar foi iniciada há dois anos, com base em 68 frentistas fumantes e não fumantes e em um grupo de 28 trabalhadores não frentistas e não fumantes - não expostas a nada de benzeno - que constituem o grupo de controle da pesquisa. O estudo verificou modificações imunológicas em todos os participantes frentistas, como danos às proteínas, aos lipídios e ao DNA, bem como redução dos glóbulos brancos. "De modo geral, afeta todo o sistema imunológico das pessoas expostas a esse tipo de poluente"", disse a cientista do CTC-PUC-RJ. Ela explicou que o benzeno pode acarretar problemas como câncer linfático e benzenismo - conjunto de sinais, sintomas e complicações decorrentes da exposição aguda ou crônica à substância. ""E existem outros efeito, no longo prazo, que podem, de alguma forma, causar danos à saúde das pessoas"", alertou"