11/06/2016 -
R7 - Brasil perde R$ 115 bi para facções criminosas com contrabando. Estudo realizado pelo Idesf (Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras) aponta que 67,44% do contrabando que entra no País pelo Paraguai é de cigarro. O cigarro é o único item que é destruído. A Receita Federal destrói, em média, por dia, 18 toneladas de maços de cigarro. O resíduo é usado como combustível de caldeira, porém, as caldeiras não estão dando conta de tanto material e a cooperativa que cuida da destruição vai começar uma parceria com a prefeitura de Foz do Iguaçu para reciclar o papel e o fumo ser levado para composteiras. O clima é de cavalheiros entre o Brasil e o Paraguai, porque ambos os países contribuem de forma legal para o contrabando.
Cerca de 40% do fumo usado nas fábricas de cigarro paraguaias é exportado de estados brasileiros, como o Rio Grande do Sul. Do outro lado, o Paraguai fabrica mais de 70 bilhões de cigarros por ano, sendo que apenas 2% é para consumo interno e a Polícia Federal do Brasil afirma desconhecer contratos de exportação do cigarro paraguaio para outros países. Porém, toda a venda do cigarro dentro do território paraguaio é legal. O produto passa a ser ilegal quando ultrapassa a fronteira brasileira, principalmente aquelas que fazem divisa com o Paraná e com o Mato Grosso do Sul, sem pagar os devidos tributos. As empresas são lucrativas e estão em expansão. É o que mostram imagens aéreas apresentadas pelo Idesf, nas quais há fábricas em construção, com novos telhados e galpões. Uma dessas empresas, inclusive, é do presidente do Paraguai, Horacio Manuel Cartes, dono da Tabesa (Tabacalera del Este), que corresponde a 30% do que é produzido no país