29/03/2018 -
Jornal da USP - Projeto disponibiliza aulas de prevenção de drogas para jovens. Desenvolvidos por pedagogos ligados ao projeto Dr. Bartô, cursos sobre álcool e tabaco fazem parte de disciplinas do ensino fundamental, se encaixando ao currículo escolar dos alunos dos 6º, 7º, 8º e 9º anos. Os cursos foram pensados para serem incorporados nas disciplinas comuns do ensino fundamental: português, matemática, ciências, história, geografia, artes, inglês e educação física. Ao todo, são 64 aulas, disponíveis para acesso no site do Dr. Bartô28/03/2018 -
O Estado de São Paulo - Ativistas antitabagismo enfrentam violência em países pobres. Há seis anos, mais de uma dúzia de homens com fuzis AK-47 dispararam contra a casa de Diretor de ONG antitabaco de Lagos, Nigéria. Eles mataram o vigia, seu cunhado, e, por um breve momento, apontaram o cano da arma na cabeça de um de seus filhos gêmeos de um ano. Primeiro eles foram calmamente alertados de que, se o ativismo persistisse, as ameaças ou a violência aumentaria repentina e imprevisivelmente. Já em 2013, um intruso entrou no saguão do apartamento do diretor-regional da União Internacional contra Tuberculose e Doenças Pulmonares em Jacarta, Indonésia, exatamente quando ele estava levando seus filhos para a escola. "Ele segurou minha mão e disse, 'você deve deixar meu país o mais rápido possível'"", contou o diretor-regional, que é do Nepal. ""Então ele soprou fumaça na minha cara. Meus filhos começaram a chorar, e ele foi embora."" Mais emblemático foi o fato de ele ser ameaçado antes e depois do ataque. A primeira vez foi em 2010, quando estava numa rádio nigeriana criticando a indústria do tabaco. ""Alguém ligou para um amigo meu e disse que eu deveria calar a boca ou seria morto,"" ele lembrou. Dois anos atrás, enquanto era entrevistado pela rede de TV Africa Independent Television, alguém ligou para outro amigo e disse: ""seu garoto está na TV novamente - nós providenciamos que ele seja assassinado."" e afirmou também ter recebido uma mensagem pelo Facebook avisando: ""não se intrometa em nossas relações sobre tabaco."" O alerta terminava com ""sua chegada fez a atmosfera não ser boa."" Quando ele procurou pelo nome de quem tinha escrito, disse ter encontrado um funcionário da Associação de Produtores de Tabaco da Indonésia. Casos foram levantados na recente 17ª Conferência Mundial sobre Tabaco ou Saúde na Cidade do Cabo, Africa do Sul"26/03/2018 -
DCI - O silêncio sobre a doença do alcoolismo. A imprensa publicou recentemente a notícia de um novo Refis, programa federal de parcelamento de débitos tributários, e os maiores beneficiários foram os bancos e a indústria do álcool. A Tatuzinho (fabricante da Velho Barreiro) refinanciou R$ 218 milhões em impostos vencidos. Ambev, Heineken e Cervejaria Petrópolis tiveram, na média, um desconto próximo à metade dos débitos. Não surpreendem as relações da indústria de bebidas alcoólicas com o poder público. Nas eleições presidenciais de 2014 isso ficou muito claro: a Ambev foi a quarta maior doadora da campanha de Aécio Neves (PSDB), a 6ª maior de Dilma Rousseff (PT) e a 5ª maior entre os candidatos à Câmara dos Deputados. (...) Faço essas considerações para comentar o absoluto silêncio da indústria sobre os efeitos do álcool na sociedade, principalmente entre os jovens. (...) A indústria gosta de difundir a mensagem do "consumo inteligente"" ou ""moderado"" de suas bebidas. Mas nada fala sobre os 10% de consumidores para os quais beber com moderação ou inteligência é simplesmente impossível, como ocorre com os portadores da doença do alcoolismo. Nadando em dinheiro, é de se perguntar as razões dessas empresas precisarem do Refis para acertar as contas com o governo. Essa voracidade nos negócios não tem contrapartida igual nas ações para reduzir os efeitos da doença do alcoolismo, prejudicando o futuro de milhões de jovens. Paulo Leme Filho é advogado, escritor e fundador do movimento Vale a Pena"