Março / 2008

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Prezados amigos da Saúde Pública,

Após 6 (seis) meses de promessas de encaminhamento do PAC da Saúde (havia sido prometido repetidas vezes desde a última semana de setembro de 2007 - clique aqui para ver um desses anúncios), finalmente o Projeto de Lei que garante Ambientes Livres da Fumaça do Tabaco caminhou alguns passos: andou do Ministério da Saúde para a Casa Civil!

Vale lembrar que o Projeto de Lei ainda terá que passar por 5 (cinco) Comissões na Câmara dos Deputados, cheia de lobistas do tabaco e do álcool.

Enquanto isso, morre um fumante a cada 6 (seis) segundos no mundo...

Enquanto isso, os brasileiros não contam mais com o serviço Disque Pare de Fumar do Ministério da Saúde, 0800-703-7033, desativado, podendo recorrer apenas à mensagem gravada para quem quer parar de fumar no pouco conhecido Disque Saúde.

E uma parcela do Poder Judiciário lava as suas mãos ante a doença e a morte causada a milhares de consumidores desse produto que desrespeita inúmeras regras do Código de Defesa do Consumidor, sob a justificativa da legalidade do produto.

Lembramos, por oportuno, que o cigarro nunca foi registrado no Ministério da Agricultura. As marcas são apenas catalogadas (fichadas), e na Vigilância Sanitária, assim como qualquer mal elemento é fichado no Departamento da Polícia.

E algumas pessoas tiram proveito da inércia do estelionato legalizado (não há outro termo melhor para utilizar; até porque a própria Philip Morris, maior Cia. de cigarros do mundo, já confessou, em 1º/10/99, que cigarro gera dependência), em vista da inércia do enquadramento da nicotina como droga, levando vantagem financeira através das ações em Bolsa das tabageiras.

Solicitamos publicamente a todos, desde já, que verifiquem junto a seu banco, em caso de aplicação dos populares fundos de ações, se neles não está incluído o investimento no fumo. É isso mesmo! Sem que saiba, a população em geral, inclusive eventualmente médicos oncologistas, veja-se a contradição, pode estar financiando a indústria fumageira, pois fundos de ações como o do Banco do Brasil, com base na média da variação das ações das 50 maiores empresas que pagam dividendos, investem 0,92% desses recursos nas tabageiras.

Aliás, pedimos licença para recomendar que não se invista em ações da tabageira brasileira. Uma ação em Bolsa que tem como lastro de seu produto a propaganda enganosa, a má qualidade de vida, a doença e a morte, não deve prosperar por muito tempo.

E até quando toda a sociedade terá que pagar para sustentar esses exploradores da Saúde e da Vida, que se locupletam em face da doença e da morte do seu consumidor, já que é gasto para tratar dos doentes o dobro do que é arrecadado com os impostos desse produto?

Chegamos a uma situação insustentável!

A Unidade Brasileira da AMATA está repleta de mensagens perguntando como encontrar socorro para si ou para familiares, solicitando orientações de como processar a indústria tabageira, contando os sentimentos de impotência ante os tristes fins de familiares que cometeram um único equívoco na vida: serem consumidores do produto das fumageiras!

Antes da próxima edição deste Filtro de Notícias, estaremos divulgando na íntegra a entrevista do Sr. Amaury da Costa, de 73 anos, um exemplo pela supressão há 30 anos do vício do tabaco, após 30 anos de adicção, pela consciência da conjuntura que o levou ao vício e às suas conseqüências, e pela boa vontade em colaborar para que outros não fumem ou parem de fumar.

Abaixo, seguem notícias colacionadas pela Unidade Brasileira da AMATA em fevereiro de 2008, das quais destacamos, dentre os achaques de sempre, em 25/02/08, a de já ter sido escolhido o tema do Dia Mundial Sem Tabaco de 2008; e, a fim rir um pouco, para não apenas chorar, em 21/02/08, a notícia protagonizada por aquele que a Reuters batizou como "o inimigo nº 1 da nicotina".

Até breve...

 
Associação Mundial Antitabagismo,
Unidade brasileira 
Silvio Tonietto
Presidente
www.amata.ws / www.amata.com.br